terça-feira, 5 de julho de 2011

Não seja barrado no aeroporto

Mesmo viajando a lazer, é possível ser barrado pela imigração. Confira dicas para evitar problemas com a documentação


Com passagens aéreas compradas e roteiro de viagem definido, ser barrado no aeroporto e deportado de volta para o Brasil sem motivo algum parece pesadelo, mas pode ser real. Segundo dados da Agência Europeia de Controle de Fronteiras (Frontex), os brasileiros são os estrangeiros que mais tiveram a entrada recusada nos aeroportos da União Europeia no ano passado. Nesse período, foram 6.072 brasileiros, o que equivale a 12% do total de entradas recusadas no bloco. Ainda assim, o número é pequeno se comparado aos 2,2 milhões que saíram do Brasil para visitar o continente europeu no ano passado.

Para não correr risco de ser barrado, é importante seguir as recomendações


Para não correr o risco de ser mandado de volta, é preciso estar atento a alguns cuidados. Apesar dos países da União Europeia não exigirem visto de turista para períodos de até 90 dias, há algumas regras para permitir a entrada, como passaporte válido por no mínimo seis meses, passagens aéreas de ida e de volta e seguro viagem. Alguns países exigem ainda a comprovação de uma reserva mínima de dinheiro para se manter no local.

Apesar do visto de turista não ser exigido na Europa em caso de permanência de menos de 90 dias, as autoridades da Alemanha, Áustria, Bélgica, Dinamarca, Espanha, Finlândia, França, Grécia, Islândia, Itália, Luxemburgo, Noruega, Países Baixos, Portugal e Suécia podem exigir alguns documentos na imigração.

Confira quais são estas exigências:

1. Passaporte válido por no mínimo seis meses contados a partir da data de chegada.
2. Passagens para todo o percurso da viagem, até o retorno com data marcada para o Brasil.
3. Comprovante de reserva de hospedagem paga. Se for ficar na casa de amigos é preciso de carta-convite dos anfitriões preenchida em formulário próprio que varia de país para país
4. Comprovante de meios financeiro para se manter no país durante toda a estadia. O valor mínimo difere de acordo com o destino, mas é de aproximadamente 60 euros (R$ 136) diários por pessoa e 600 euros (R$ 1.361) por qualquer período, em dinheiro, cheques de viagem, cartões de crédito internacionais. Os cartões de crédito devem estar acompanhados de carta do banco especificando o limite.
5. Profissionais ou estudantes viajando para participar de congresso, seminários, concursos, conferências e outros eventos devem levar carta-convite da instituição organizadora, comprovante de inscrição, cartão de acesso ou outro documento que comprove sua validade.
6. O seguro médico internacional é exigido por alguns países, no valor mínimo de 30 mil euros (R$ 68 mil).
Mas a conselheira da Embaixada da Espanha em Brasília Carmen Batres garante que a falta de um ou outro documento não é motivo para ser deportado. “Uma coisa sozinha não é um problema. A questão é se a pessoa não consegue comprovar o motivo da viagem”, afirma.

“A decisão dos agentes de imigração é soberana e eles podem vetar o ingresso naquele país. Mas, dificilmente, o viajante que levar toda a documentação recomendada será deportado”, afirma Luiz Fernando Destro, presidente da Comissão Europeia de Turismo (CET). “O grande interesse da Europa é receber os turistas brasileiros, não espantá-los”, completa.

Vínculos com o Brasil

Além dos requisitos exigidos, vale levar outros documentos que comprovem seu vínculo com o Brasil e o objetivo da viagem, como recomenda Maurício Pivetta, gerente de treinamento da agência de intercâmbios Experimento. “Uma carta da empresa onde trabalha apontando seu período de férias, a carteira de trabalho, cartões de crédito e até o imposto de renda são algumas possibilidades”, explica o gerente da Experimento.
Segundo Pivetta, os agentes de imigração partem do princípio que todo o viajante veio para ficar, por isso não precisa se intimidar. “O oficial irá comparar os documentos que ele tem na mão com as suas respostas, perguntar o que você veio fazer no país, checar se as suas roupas e bagagem condizem com o objetivo da viagem”.

Vestimentas

A roupa escolhida também pode chamar a atenção dos agentes de imigração. Segundo a consultora de etiqueta e comissária de bordo por 25 anos, Sofia Rossi, quando se viaja a um país diferente é importante conhecer um pouco da cultura e como as pessoas se vestem.
“Não dá para usar uma roupa muito desleixada, mas também não precisa por terno e gravata para ir viajar”, diz Sofia. “Uma vez vi um casal de aparência humilde, mas que o homem vestia terno, ser parado pelos agentes. O importante é não mentir.”

Se for deportado
No caso do viajante não ser admitido no país, há o sério risco dele ter prejuízo financeiro. As empresas e agências de viagens não são obrigadas a reembolsar os gastos com passagens aéreas e reservas de hotéis em caso de deportação.

Evite transtornos na imigração
Postura e apresentação reduzem chances de ser barrado no aeroporto
Alguns detalhes básicos de apresentação e postura podem reduzir as chances de ficar barrado no aeroporto. Confira as dicas dadas por profissionais de turismo, órgãos governamentais e consultores de etiqueta.

- Evite problemas atendendo aos requisitos exigidos aos turistas nos aeroportos


1. Além de checar a documentação do viajante, o agente de imigração pode querer entrevistá-lo. Responda somente às perguntas formuladas de forma clara e objetiva e mantenha uma atitude cortês.
2. A entrevista com o agente de imigração é feita no idioma local. Em caso de dificuldades de compreensão, peça a ajuda de um intérprete. Segundo a conselheira da Embaixada da Espanha no Brasil, Carmen Bartes, no caso da pessoa não ser admitida ela poderá fazer ligações para casa, contar com o auxílio de um advogado e um assistente social.
3. Mentir na entrevista com o agente de imigração pode gerar problemas. Além dos requisitos exigidos como seguro saúde e passagens aéreas de ida e volta, vale a pena levar outros documentos que comprovem sua intenção de voltar. “Leve carta de período de férias empresa onde trabalha, a carteira de trabalho, cartões de crédito e até o imposto de renda”, explica Maurício Pivetta, gerente de treinamento da Experimento.
4. Conhecer um pouco do idioma local pode ajudá-lo no aeroporto. Os viajantes devem tentar aprender pelo menos as palavras básicas que todos os turistas usam em qualquer lugar, como bom dia, boa tarde, por favor, desculpa. “Há diversos dicionários voltados para viajantes”, diz Sofia Rossi, consultora de etiqueta.
5. Vestir-se de maneira muito relaxada ou muito sofisticada pode atrair a atenção dos agentes de imigração. É importante saber como as pessoas se vestem em cada país. “Por mais que o tênis seja comum no Brasil, na Europa, as mulheres costumam usar mais botas e sapatilhas para viajar de avião”, diz Sofia.



IG Turismo

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