quarta-feira, 2 de março de 2011

A Educação para o Turismo no Brasil


O estudo do turismo é uma disciplina relativamente nova, assim como é reconhecida como uma indústria vital e em crescimento. Segundo Amoah e Baum (1997), existem diversas definições para turista e turismo, e essa diversidade ocorre por causa da atuação dos diferentes setores envolvidos, todos usando definições para propósitos distintos. Existe também um debate sobre se a indústria do turismo pode ser vista como uma indústria por si mesma, em vez de ser uma atividade econômica, ligando setores através dos objetivos comuns dos seus consumidores.
Para esses autores, a indústria do turismo é intensiva de mão de obra e depende, para sobrevivência e vantagem competitiva, da disponibilidade de pessoas qualificadas, capazes de operar e gerenciar o produto turístico. No entanto, devido à diversidade da atividade, torna-se difícil realizar programas que atendam adequadamente a públicos tão diversos. Por sua vez, Goeldner (1988) comenta que o turismo é ainda uma disciplina emergente e que a educação para o turismo tem tido um elevado crescimento durante os últimos 50 anos, mas seu conhecimento é ainda fragmentado.
Turismo, para Cooper e Shepard (1997), é uma indústria baseada em pessoas e na qual o toque pessoal é o mais importante fato do serviço oferecido. A qualidade dos recursos humanos é, portanto, crítica para o sucesso de empresas e de indústrias como um todo.
Cooper, Shepherd e Westlake (1994) explicam três maneiras pelas quais o estudo do turismo se tem desenvolvido como uma disciplina acadêmica: inicialmente, treinamentos específicos para o setor de viagens; depois, cursos na área de negócios; posteriormente, inserção em disciplinas tradicionais como Geografia, Sociologia e Lingüística.
Echtner (1995) afirma que o desenvolvimento da educação para o turismo não é tarefa fácil em função da natureza da disciplina, que é segmentada, inter e multidisciplinar, o que cria conflitos e dificulta seu entendimento. Muitas propostas foram apresentadas com relação à disciplina; elas variam da incorporação do turismo em áreas de estudo existentes como Geografia, Administração ou Sociologia, ao estabelecimento de programas interdisciplinares ou, ainda, à criação de escolas específicas para o estudo do turismo.
Comenta também a autora que a implementação de modelos dos países desenvolvidos em países em desenvolvimento pode ser de baixo custo, mas, com certeza, será dispendiosa em função da sua ineficácia. Programas do primeiro mundo são baseados em negócios, distribuição e tecnologia sofisticados que raramente estão presentes nos países do terceiro mundo. Fatores sócio culturais e econômicos devem ser considerados para o planejamento de programas adequados às necessidades desses países. Blanton (1981) destaca que diferenças na composição e background dos estudantes, estilos de aprendizagem, atitudes com relação ao turismo, contexto do trabalho e qualificação dos professores podem afetar seriamente a utilidade do material desenvolvido em outros países. Para Linton (1987), o maior desafio dos países do terceiro mundo é desenvolver experiência própria e estabelecer estruturas gerenciais adequadas.
Howell e Uysal (1987) dizem que existem duas áreas básicas em que educação para o turismo pode ser segmentada: o treinamento vocacional (vocational training) e educação profissional (professional education). A primeira se refere ao treinamento do pessoal da linha de frente, de manutenção e de apoio. O conteúdo desses cursos tende a ser pouco teórico e mais voltado para o desenvolvimento de habilidades práticas, como, por exemplo, recepcionistas, garçons, chefes de cozinha, cozinheiros, agentes de viagem, guias de turismo e outros. A educação profissional é aquela dada para os que ocupam atividades de planejadores,
gerentes, pesquisadores e é acadêmica por natureza. Conceitos teóricos são ensinados assim como a capacidade de interpretar, avaliar e analisar informações para a tomada de decisões tanto no setor privado como no público.
De acordo com esses autores, os países subdesenvolvidos necessitam cada vez mais de profissionais que possuam percepção holística da indústria do turismo, capazes de compreendê-lo o turismo em sua totalidade, os seus interrelacionamentos, os seus impactos para evitar formas de desenvolvimento do turismo inadequadas ao país.
Embora a ênfase desse tipo de educação possa variar entre as instituições, Jenkins (1980) sugere que esses programas devem incorporar três grandes áreas de estudo. A primeira trata de um referencial analítico para a interpretação dos fluxos e tendências globais, a segunda área consideraria a análise de modelos de administração de turismo adequados para o país, e a terceira diz respeito ao ensino de técnicas de estudos de viabilidade e avaliação dos impactos do turismo.
Echtner (1995) acrescenta mais uma área de educação em turismo, o desenvolvimento de empreendedores (entrepreneurial developement). A crítica mais comum ao turismo nos países subdesenvolvidos refere-se aos impactos negativos dos empreendimentos de grande porte com relação aos seus aspectos sociais, econômicos e ambientais. Tem-se discutido que grandes empreendimentos não são tão efetivos na criação de empregos e aumento de divisas, pois existe evasão de lucros. Por outro lado, afirma a autora, as empresas locais, geralmente menores em escala, oferecem maior retorno econômico às comunidades locais.
A compreensão e a aplicação das três áreas- o treinamento vocacional, a educação profissional e o desenvolvimento de empreendedores, são fundamentais para a educação para o turismo tanto em países desenvolvidos quanto em subdesenvolvidos. No entanto, afirma Echtner (1995), estes últimos, apesar de eficientes para oferecerem educação vocacional, não têm dado a mesma importância à educação profissional e empresarial voltadas para o turismo. Existe, portanto, uma lacuna a ser preenchida nesses países para o crescimento do turismo de forma integrada e dentro de uma perspectiva de longo prazo. Este estudo pretende contribuir para o preenchimento desta lacuna e será direcionado para a educação profissional para o turismo.

É descritivo, pois tem como objetivo primordial a descrição de variáveis, além de estabelecer relação entre elas; e, é exploratório, na medida em que investigará um tópico praticamente inexplorado, que é educação para o turismo no Brasil. Além disso, pretende proporcionar (Gil, 1995) uma visão geral, do tipo aproximativo, sobre o tema permitindo que, a partir dele, hipóteses sejam mais claramente definidas.
O método de pesquisa foi a mala direta, através de questionário composto de perguntas abertas e fechadas, elaborado a partir das variáveis operacionais definidas pela experiência do pesquisador e pela discussão com professores da área. Os questionários foram encaminhados através do correio para todos os chefes/coordenadores de cursos de turismo/ hotelaria do Brasil de acordo com lista baseada em informações do MEC/SESU (dados de 1998) e EMBRATUR.
Como a resposta inicialmente foi reduzida, foram encaminhadas cartas de "followup". Em função do baixo número de respostas e supondo-se que muitos desses questionários se extraviavam nas próprias IES, não chegando às mãos do respondente certo, decidiu-se enviar outra vez os questionários pelo correio.
Procurou-se também contatar professores através de email, fax ou telefone para solicitar a adesão ao estudo ou, mesmo, solicitar o nome do chefe de departamento de universidades/faculdades do mesmo estado. Alguns professores preferiram responder e encaminhar suas respostas diretamente por via eletrônica. A primeira remessa de questionários foi enviada em junho de 2000 e a segunda, em setembro de 2000. Após todas as tentativas, até o mês de fevereiro 2001, foram conseguidos 40 questionários respondidos, que correspondeu a cerca de 23% do universo, que pode ser considerado excelente para pesquisas realizadas através do correio.
Os respondentes desse estudo foram, na sua maioria, coordenadores dos cursos, diretores de faculdades/cursos. Apenas dois deles eram professores, e um era assessor. As IES participantes são oriundas principalmente da região Sudeste, com 40% dos respondentes conforme pode ser visualizado no gráfico 1 a seguir. Desse percentual, 30% são oriundos do estado de São Paulo. Cabe destacar que, no estado do Rio de Janeiro, apesar de insistentes solicitações, apenas uma instituição respondeu ao questionário, a Veiga de Almeida. Na região Norte, apenas o Departamento de Turismo da Universidade Federal do Pará se dispôs a responder. Ao contrário do estado do Rio de Janeiro, a Bahia teve expressiva representação com cerca de 50% dos respondentes da região Nordeste. Gráfico1. Distribuição percentual da localização geográfica das IES da amostra
Na análise dos dados, procurou-se adotar uma combinação de enfoques qualitativos e quantitativos. Procurou-se conhecer não apenas a freqüência dos fenômenos, mas, principalmente, como estes ocorrem e quais razões os explicam.

Faculdades de Turismo no Brasil

São Paulo - capital

Universidade Anhembi Morumbi:
Tel. (011) 821.9020 www.anhembi.br 

Faculdade Capital:
Tel. (011) 273.5011 

Faculdade Hebraico – Renascença:
(Hotelaria) Tel. (011) 824.0788 /225.9184 www.ronam.br 

Faculdade Ibero-Americana:
(Turismo e Administração Hoteleira) Tel. (011) 3107.0071 

SENAC: (Turismo e Hotelaria)
Tel: (011) 263.5804 / 2404 www.sp.senac.br 

Universidade Bandeirantes de São Paulo – UNIBAM:
Tel. (011) 0800.13477 www.uniban.br 

Faculdades Integradas de Guarulhos:
Tel. (011) 6455.0333 

Universidade Metodista de São Paulo – UMESP:
Tel. (011) 7664.7600 www.umesp.com.br 

Universidade de Santo Amaro – UNISA:
Tel. (011) 520.9611 www.unisa.com.br 

Universidade de São Paulo – USP:
Tel.(011) 4366.5555 www.metodista.br 

Universidade Ibirapuera – UNIB:
(Turismo e Hotelaria) Tel. (011) 543.1911 www.unib.br 

Universidade Paulista – UNIP:
Tel. (011) 253.7700 www.unip-objetivo.com.br 

Universidade São Judas:
Tel. (011) 6099.1999 www.saojudas.br 

Universidade São Marcos:
Tel. (011) 6914.2377 / 6163.7345 www.smarcos.br 

Universidade Cruzeiro do Sul:
Tel. (011) 297.0554 

Faculdades Integradas de São Paulo – FISP:
www.fmu.br/turismo.htm

Rio de Janeiro

Faculdade da Cidade
no Rio de Janeiro Tel. (021) 525.1045 www.faccidade.br 

Faculdade Integradas Hélio Alonso
no Rio de Janeiro Tel. (021) 551 5695 / 5645 www.facha.br 

Faculdade Integradas Plínio Leite
em Niterói Tel. (021) 622.1441 

Universidade Estácio de Sá
(Turismo e Hotelaria) no Rio de Janeiro Tel. (021) 503.7000 www.unesa.br 

Universidade Veiga de Almeida – UVA
no Rio de Janeiro Tel. (021) 264.6172 www.uva.br

São Paulo - interior

Águas de São Pedro

SENAC: (Hotelaria) Tel. (019) 482.1211

Bragança Paulista

Universidade São Francisco
(Turismo e Hotelaria) Tel. (011) 7844.8434 www.usf.br

Campinas

Pontifícia Universidade Católica de Campinas – PUC
Tel. (019) 754.7192 www.puccamp.br

Santos

Associação Educacional do Litoral Santista – AELIS:
Tel. (013) 221.3466 

Universidade Metropolitana de Santos:
Tel. (013) 233.3400 www.unimes.com.br

São José do Rio Preto

Associação Educacional de Ensino Superior:
Tel. (017) 234.6144 

Faculdades Integradas Rio Pretense – FIRPE
(Planejamento Turístico) Tel. (017) 232.5355

Sorocaba

Universidade de Sorocaba
Tel. (015) 221.0052

Marília

Universidade de Marília – UNIMAR
www.unimar.br

Araraquara

UNIARA
www.uniara.com.br 

UNIP de Araraquara
www.uip-objetivo.com.br

Outros Estados

Amazonas

Faculdade Newton Lins
Tel. (092) 236.8787 / 642.2111 

Fundação Amazonense de Educação e Cultura – FAMEC
Tel. (092) 236.1410 / 236.1361 

Sociedade Educacional de Manaus
Tel. (092) 633.2144

Bahia

Universidade da Bahia
www.unibahia.br 

Associação Cultural e Educacional da Bahia
em Salvador Tel. (071) 243.4999Centro Federal de Educação 

Tecnológica da Bahia – CEFET
(Hotelaria) em Salvador Tel. (071) 242.0522 

Faculdades de Salvador – FACS
em Salvador Tel. (071) 331.2068

Ceará

Universidade Federal de Fortaleza – UNIFOR
em Fortaleza Tel. (085) 273.2833 www.unifor.br

Distrito Federal

União Pioneira de Integração Social – UPIS
em Brasília Tel. (061) 346.1944 www.upis.br

Espírito Santo

Centro Superior de Ciências Sociais Vila Velha – UVV
em Vila Velha Tel. (027) 229.1644 / 229.1661 www.uvv-es.br 

Faculdades Integradas Padre Anchieta
em Guarapari Tel. (027) 261.2821 www.fipag.br

Maranhão

Universidade Federal do Maranhão
(Turismo e Hotelaria) em São Luis Tel. (098) 232.2466 www.ufma.br

Minas Gerais

Instituto Cultural Newton Paiva Ferreira
em Belo Horizonte Tel. (031) 330.4500 / 330.4679 

Pontifícia Universidade Católica de Minas
em Poços de Caldas Tel. (035) 714.1001 

Faculdade Presbiteriana Gammon -FAGAMMON 
Turismo com ênfase em Ecoturismo
Endereço - Praça Dr. Augusto Silva, 616 - Centro - Lavras-MG
Telefones - (35) 3694.2150 - Fax (35) 3694.2140

Mato Groso do Sul

Universidade Católica Dom Bosco – UCDB
em Campo Grande Tel. (067) 765.2040 www.unibosco.br 

Instituto de Ensino Superior do Pantanal
www.brasineet.com.br/iespan/index.htm

Pará

Universidade Federal do Pará
em Belém Tel. (091) 249.0088 www.ufpa.br

Pernambuco

Universidade Católica de Pernambuco
em Recife Tel. (081) 216.4145 www.unicap.br 

Universidade Federal de Pernambuco
(Turismo e Hotelaria) em Recife Tel. (081) 271.8301 www.cac.ufpe.br

Paraná

Universidade Estadual do Oeste do Paraná
em Foz de Iguaçú Tel. (045) 224.6291 / 224.6104 / 524.4040 

Universidade Federal do Paraná
em Curitiba Tel. (041) 362.3030 www.humanas.ufpr.br/grad/turismo/default.htm

Rio Grande do Norte

Faculdade para Executivos – FACEX
em Natal Tel. (084) 217.8348 

Faculdade Unificada para Ensino das Ciências - UNIPEC - Unidade II
em Natal Tel. (084) 222.0954 / 222.2314 www.unipec.br 

Universidade Federal do Rio Grande do Norte
em Natal Tel. (084) 215.3535 / 215.3302

Rio Grande do Sul

Fundação Universidade Caxias do Sul – UCS
(Turismo e Hotelaria) em Canela Tel. (054) 282.1714 

Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul
em Porto Alegre Tel. (051) 336.9400 

Universidade Luterana do Brasil – ULBRA
em Torres Tel. (051) 664.1421 

Universidade de Santa Cruz do Sul
Tel. (051) 717.7300 www.unisc.br

Santa Catarina

Escola Superior de Turismo e Hotelaria de Florianópolis
em Florianópolis Tel. (048) 224.2128 

Universidade do Vale do Itajaí
(Turismo e Hotelaria) em Camboriú Tel. (047) 367.1613 www.univali.rct-sc.br 

Universidade do Oeste de Santa Catarina
Tel. (049) 551.2004 www.unoescjba.rct-sc.br

Sergipe

Universidade Tiradentes
em Aracaju Tel. (079) 211.1778

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