quarta-feira, 30 de março de 2011

Pegue um bonde para conhecer o mundo


Com seu ar vintage, os bondinhos resistem ao tempo e percorrem os principais cartões-postais das cidades. Baratinhos, são uma ótima forma de city tour, sem precisar bater perna nas ladeiras


Baratinhos e charmosos, os bondes são uma boa ideia para fazer um city tour pelas cidades

Os bondes resistem ao tempo e mantêm uma aura vintage. Como algumas linhas percorrem os principais pontos turísticos das cidades, utilizá-los é uma ótima maneira de fazer um city tour diferente gastando pouco.
E o melhor: boa parte deles está estrategicamente localizada em lugares famosos por suas ladeiras – o que poupa o sobe-e-desce dos turistas. Conheça os mais charmosos e não perca o bonde na próxima viagem. 



Rio de Janeiro - Brasil

Antes de chegar à Santa Teresa, o bondinho passa por cima dos Arcos da Lapa
Que tal descobrir os encantos do bairro de Santa Teresa à moda antiga? Os bondinhos são uma mão na roda para percorrer suas ruas sinuosas. Tombados pelo patrimônio histórico, eles conservam o interior de madeira. São duas linhas – Paula Matos e Dois Irmãos – com saídas a cada meia hora.
Partindo do Largo da Carioca, no centro do Rio, eles passam por cima dos famosos Arcos da Lapa e sobem as ladeiras de paralelepípedos. Pelo caminho, dá para apreciar a Igreja e o Convento de Santa Teresa, que deram nome ao bairro, além do Largo do Curvelo. O Parque das Ruínas merece uma descidinha: de lá se tem uma das melhores vistas da orla.
Aos sábados, há um passeio especial, o Bonde Histórico, onde um guiaturístico mostra os principais pontos turísticos e faz uma paradinha noMuseu do Bonde.
Tarifa: R$ 0,60. Já o Bonde Histórico custa R$ 6 e sai às 10 horas do Largo da Carioca. 



Lisboa – Portugal

Os "amarelos" da linha 28 percorrem o centro histórico, com a vista do Tejo ao fundo
Os "amarelos" , como são carinhosamente chamados os bondinhos, dão um toque extra de nostalgia à Lisboa. A linha 28 faz um  trajeto turístico pelo centro histórico durante 40 minutos. E nem vai ser preciso esforço para encarar as subidonas estreitas dos bairros Alto, Baixo e Alfama.
O bondinho passa por mais de uma dezena de igrejas e conventos. Uma boa dica é desembarcar no Miradouro de Santa Luzia, um mirante de onde se tem uma vista panorâmica com o Rio Tejo ao fundo. Prepare a câmera fotográfica. 
Tarifa: € 2,50 

San Francisco – Estados Unidos


Do alto da ladeirona se avista a Ilha de Alcatraz, que abrigou a antiga prisão de segurança máxima
Os centenários bondinhos, que percorrem as famosas ladeiras, já se tornaram ícones de San Francisco – e passeio quase obrigatório aos turistas. A cada esquina, o motorneiro toca o sino e para o veículo para a subida ou descida de mais passageiros. São três linhas que cruzam a cidade.
Não deixe de embarcar na Powell-Hyde, que começa no Powell Market, cruza os bairros altos de Nob Hill e Russian Hill. Do alto de uma ladeira se avista a Ilha de Alcatraz, antiga prisão de segurança máxima. Dê uma descidinha na Lombard Street, entre as ruas Hyde e Leavenworth, considerada a rua mais sinuosa do mundo.
Tarifa: US$ 5

Budapeste – Hungria


A linha 2 passa pertinho dos antigos edifícios
Embarque na linha 2 e garanta um lugar na janelinha. No lado Pest da cidade, o bonde amarelo acompanha o trajeto do Rio Danúbio. E passa pertinho dos belos prédios debruçados às suas margens, considerados patrimônio histórico pela Unesco.
Pelo caminho, o bonde cruza o Parlamento, o maior edifício do país. À noite, a iluminação realça suas torres pontudas. Em seguida, vem a Ponte das Correntes, a primeira construção a unir os dois lados da cidade. Já do outro lado do rio, se ergue o majestoso Palácio Real.
Tarifa: 320 forints (cerca de R$ 2,80)

Melbourne – Austrália


O bondinho percorre os cartões-postais do centro de graça e com guia turístico
A cidade se orgulha de ter uma das maiores frotas de bondes elétricos do mundo: são cerca de 500, dos mais antigos até versões modernas. Se quiser conhecer o centro, pegue a linha City Circle que percorre cartões postais - de graça e com um guia turístico que explica um pouquinho da história de cada monumento.
Já a  linha 96 leva até o bairro boêmio de St. Kilda, apinhado de lojas e restaurantes descolados. E na hora da fome, dê um pulo até o Tram Restaurant, um bondinho do século 19 que foi transformado em um restaurante.
Tarifa: 3,80 dólares australianos (cerca de R$ 4,70)
* Preços pesquisados em março/2011

Fonte:
Mônica Cardoso, especial para o iG São Paulo



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