Foto Haian Leme
O crescimento do poder econômico do Brasil com o aumento do poder aquisitivo da classe C; a migração de integrantes da classe C para a B, e da B para A aqueceu o mercado de luxo brasileiro. De acordo com a pesquisa “O Mercado de luxo no Brasil”, feita pela consultoria GFK, nos últimos cinco anos, o setor cresceu 60%. Somente em 2010, o crescimento foi de 28% em relação ao ano anterior com o faturamento de R$ 15,7 bilhões.
Até há alguns anos apenas a capital São Paulo possuía centros comerciais de luxo. Hoje Rio de Janeiro (RJ), Brasília (DF), Curitiba (PR), Porto Alegre (RS) e Belo Horizonte (MG) são apontadas como destinos interessantes para investimento e consumo.
O crescimento do setor no país foi tão significativo no mundo que a versão internacional do jornal The New York Times, o International Herald Tribune, publicou em novembro uma série de reportagens sobre a indústria de luxo no Brasil. A reportagem tinha como título “Procura-se: lugar para gastar dinheiro” e afirmava que “ o Brasil é uma comeia de consumo glamuroso.”
O economista Wellington Rodrigues dos Santos explica que o Brasil é “a bola da vez ” para esse segmento porque conseguiu obter crescimento em época de crise econômica. Para ele, as empresas viram aqui a oportunidade de “resolver um problema de caixa na Europa e recuperar sua economia” e as alterações nas classes sociais permitiram que a classe B passasse a desejar produtos e serviços de valores e representatividade social diferenciados.
A avaliação do economista reafirma citação do jornal The New York Times que atribuiu o sucesso dessas empresas de luxo à personalidade consumista do brasileiro. Mas para que uma empresa obtenha sucesso no País é necessário a adaptação dos produtos e serviços. O primeiro ponto de adaptação se refere à adequação ao clima tropical. O segundo é relacionado ao atendimento, que deve ser mais intimista do que na Europa, Ásia e Estados Unidos.
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