O maior evento da música clássica da América Latina, o Festival de Inverno de Campos do Jordão reúne grandes nomes do estilo em apresentações, masterclasses, aulas individuais de instrumentos.
O primeiro concerto aconteceu em 24 de julho de 1970, no Salão nobre do Palácio Boa Vista, com recital da pianista Magdalena Tagliaferro, sendo nomeado Primeiros Concertos de Inverno de Campos do Jordão.
Mas foi em 1973, sob o cargo de diretor do Festival de Inverno, que maestro Eleazar de Carvalho implantou as oficinas pedagógicas, aonde jovens músicos puderam ter contato com grandes instrumentistas; encontros estes que acontecem, até hoje, todos os anos.
O modelo que o maestro se baseou foi o do Festival de Tanglewood (EUA) que visa além do concerto, a profissionalização de novos talentos da música, hoje, além das aulas e masterclasses os jovens instrumentistas também se apresentam na Orquestra Acadêmica encerrando as edições, obtendo inclusive premiações como a Carlos Gomes e do Festival Tim de Música.
Para esse melhoramento profissional dos musicistas tem contato integral com nomes ligados a instituições brasileiras como Tom Jobim – EMESP, OSESP, Universidade de São Paulo, UFMG, UFRN, UFRJ e UniRio, entre outras, e instituições internacionais de referência como Conservatório de Paris, Escola Superior de Música de Colônia, Filarmônica de Viena, Filarmônica de Berlim, Conservatório Real de Amsterdã, Royal College of Music de Haia, Universidade de Massachussets, entre outras. Além de concorrer a prêmios como o tradicional Eleazar de Carvalho para o melhor bolsista do Festival, o novo Prêmio Ayrton Pinto condecorará os quatro bolsistas de maior destaque por grupos de instrumentos e o Concurso Camargo Guarnieri, o bolsista de maior destaque no curso de composição.
Atualmente, o Festival Internacional de Inverno de Campos do Jordão já tem custo zero para a Secretaria de Estado da Cultura de São Paulo que através de parcerias com iniciativas públicas e privadas oferecem todos os destaques e o brilho que vem obtendo a cada edição.
Outro destaque é que nas últimas edições o Festival sempre traz uma temática que baliza os trabalhos realizados nos concertos, tendo entre os temas já apresentados: Ano da França no Brasil (2009), Música e Literatura (2008), Mulheres (2007), Mozart (2006), Música das Américas (2005).
O principal palco desse evento é o Auditório Cláudio Santoro, construído entre 1975-79, foi projetado para receber as grandes atrações do Festival, que hoje ainda conta com concertos na Capela de São Pedro (Palácio Boa Vista), Igrejas de São Benedito, de Santa Terezinha. de Nossa Senhora da Saúde e a Concha Acústica na Praça do Capivari.
Entre nomes que já marcaram e marcam presença na programação estão a Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo (OSESP), Orquestra Sinfônica de Brasília, os compositores Marlos Nobre, Almeida Prado, Edino Krieger, João Guilherme Ripper, Jocy de Oliveira; os pianistas Magdalena Tagliaferro, Guiomar Novaes, Nelson Freire, Cristina Ortiz, Jean-Louis Steuerman, Linda Bustani, Fanny Solter; os violoncelistas Mstislav Rostropovich e Antônio Meneses; os violonistas Turíbio Santos e Yamandu Costa; os cantores Dame Kiri Te Kanawa, Paulo Szot, Fernando Portari, Gun-Brit Barkmin, Rosana Lamosa, Celine Imbert; os flautistas Pierre-Yves Artaud, Davide Formisano, o regente Kurt Masur, os violinistas Glenn Dicterow, Nathan Schwartzman, Boris Belkin, Cláudio Cruz, o Trio Beaux-Arts, o Quinteto de Metais da Filarmônica de Nova York, o Quinteto de Sopros da Filarmônica de Berlim, o Quarteto Borodin, entre tantos outros.
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