O momento pelo qual passa a economia grega está longe de ser dos melhores. Há pelo menos três anos em crises constantes, o país sofre para pagar suas dívidas e teve que recorrer ao FMI e à União Europeia para ter ajuda financeira. E esta não vem sem que o país adote certas práticas de austeridade. A hesitação demonstrada neste ano em abraçar tais práticas agrava desconfiança em torno da Grécia e pode forçá-la a, inclusive, abandonar o euro. O que isso significa para o viajante?
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A indústria turística grega emprega um em cada cinco gregos e responde por aproximadamente 20% do PIB do país. Com o agravamento da crise em 2012, o departamento de turismo espera uma queda de até 15% no número de visitantes.
Eric Engelen, executivo da TourGreece, maior companhia de turismo do país, explica que se o momento não é dos melhores para quem vive por lá, é ideal para os turistas. “A crise que temos na Grécia afeta somente os nativos”, diz, antes de fazer uma ressalva. “O máximo que pode acontecer são greves no setor de transportes, mas isso é comum no Brasil também”
Segundo Engelen, 80% dos hotéis gregos estão com desconto, sendo que alguns deles chegam a oferecer 50% de diminuição nas tarifas. Outro motivo que favorece e barateia a viagem é o fato de a Croácia estar em alta. O país, que sempre foi “rival” da Grécia na atenção dos viajantes, agora se tornou um dos destinos mais caros.
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O turista que visita a Grécia se divide em, basicamente, três grupos: casais em luas de mel que buscam as paisagens pitorescas de Santorini, grupos de jovens atrás das baladas e bares de Mykonos, e aqueles fascinados por história, para os quais Atenas e Creta reservam ruínas preciosas da antiga civilização grega.
Para os três, a Olympic Air tem promoções quase diárias para as Ilhas Gregas. Quem preferir pode fazer alguns trajetos pelo ferry boat. Um portal criado pelo governo grego ajuda no planejamento de viagens ao país, com diversas campanhas de incentivo ao turismo.
Na primeira visita à Grécia, não deixe de passar por Atenas. A cidade que no passado foi o centro de toda a civilização ocidental, hoje, ainda que sem tanto prestígio, é uma capital vibrante que se moderniza sem deixar de exalar história por suas esquinas. Do alto, a milenar Acrópole, área elevada que abriga complexo de templos e palácios, admira o crescimento da metrópole.
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A subida à Acrópole é longa e cansativa. No verão, o sol é escaldante. Leve bastante água.
O árduo percurso, no entanto, é aliviado pelas construções incríveis que surgem, como o teatro de Dionísio, o templo de Atena Nice e o Erecteion. Tudo isso no caminho até o imponente Partenon, templo construído para a deusa Atena no ano de 447 antes de Cristo.
Aberto em 2009, o Museu da Acrópole é também passeio obrigatório. Cerca de quatro mil objetos remanescentes dos templos ficam expostos em área de 14 mil metros quadrados que procura recriar as disposições originais dos artefatos. Ainda que parte significativa das relíquias esteja no British Museum, em Londres, é possível ter um panorama fantástico de como eram as construções originalmente. Principalmente depois do passeio pelas ruínas.
Ao sul do centro histórico, o bairro de Metaxourgeio, frequentado por artistas e moderninhos é a principal zona boêmia da cidade. O bairro passou por longo período de abandono e começou a se revitalizar no fim dos anos 90. Áreas verdes deixadas de lado deram origem aos chamados jardins de guerrilha, que consistem em plantações clandestinas que podem representar uma bandeira política de intervenção direta, ou apenas a vontade dos moradores locais de arborizar a faceta da região. O surgimento de galerias de arte impulsionou a chegada de restaurantes, cafés e bares. Artistas amadores e veteranos expõem e comercializam suas peças nas ruas.
Ao sudeste da Grécia continental, circundando a ilha de Delos, no mar Egeu, estão as chamadas Cyclades, grupo composto por 220 ilhas. O centro administrativo fica em Hermópolis, mas as mais celebradas pelos viajantes são Santorini e Mykonos.
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A primeira é um paraíso para casais apaixonados. Uma das únicas ilhas vulcânicas da região apenas Milos compartilha da mesma formação geológica, o formato de Santorini lembra um rebuscado bolo de casamento. Encravada nas montanhas, a cidade, que fica a cinco horas de barco da capital Atenas, parece sempre beirar um penhasco.
Do pequeno vilarejo de Oio, a vista do mar é apreciada por turistas e locais. No fim de tarde, o pôr do sol sobre o oceano é garantia de fotos espetaculares até para o mais inexperiente e amador dos fotógrafos.
Menos romântica e mais agitada, Mykonos reserva praias paradisíacas, vida noturna ativa e cena gay pulsante. A pouco menos de cinco horas de barco de Atenas, a ilha, que na mitologia serviu como cenário para batalha entre Zeus e os Titãs, é um oásis de festividade e liberdade sexual na Grécia.
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Na Paradise Beach, praia de areia clara e água límpida, diversos bares com música alta colocam o público gay-friendly para dançar já a partir do meio-dia. Drinques coloridos, decorados com miniaturas de guarda-chuva, abastecem os festeiros. Fora de temporada, no entanto, o ambiente fica um pouco vazio e as festas, menos animadas.
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O centro da cidade é um labirinto composto por casas brancas com portas e cercas azuis. Lojas de artesanato, restaurantes, bares com música grega e casas noturnas, tudo em abundancia, compõem a região. Vale dar uma volta sem rumo e parar aonde mais agradar.